Como as selfies podem influenciar no aquecimento global

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Ultimamente muitas pessoas têm mudado seus hábitos para serem mais sustentáveis na tentativa de salvar o planeta. Usar o eco bag, canudos de plástico e até parar de comer carne. Todos nós, porém, continuamos tirando nossas selfies para mostrar onde estamos ou simplesmente para ter o que postar. Por incrível que pareça, esse simples ato pode ter grande impacto no aquecimento global.

Não estamos falando diretamente do ato de esticar o braço e tirar uma foto. Mas sim do excesso de armazenamento de dados e de tráfego que está acontecendo na nuvem e o gasto energético que isso pode gerar. O que muitos não sabem é que as tecnologias da comunicação e da informação são responsáveis por mais de 2% da emissão global de gás carbônico atualmente. As imagens ou vídeos que colocamos na nuvem, não ficar no ar. Elas ficam armazenadas em data centers localizados em edifícios enormes com inúmeras placas de circuito empilhadas e alguns cabos.

Pesquisadores da área avaliam que a demanda por energia oriunda dessas tecnologias vão aumentar consideravelmente dentro dos próximos anos. Os data centers são os que apresentam os dados mais impactantes. Um data center faz um gasto de energia de aproximadamente 200 terwahtts/hora por ano. O chocante é que isso é maior que o gasto do Irã, um país com 81,6 milhões de habitantes.

Um outro ponto é a temperatura. Vocês já perceberam que quando usam o celular ou o computador por muito tempo eles esquentam? Agora imagina esse fenômeno em um data center que é usado o tempo todo. Quantos mais dados são armazenados, mais foto, textos e vídeos forem guardados na nuvem e quanto maior a qualidade e o tamanho desses arquivos, mais energia será gerada, aumentando a quantidade de calor produzida.

Para diminuir esse impacto, algumas soluções já foram feitas. O Facebook colocou seu data center em um local frio, mais precisamente na Suécia. Há lugares que usam a água que pinga do ar condicionado para resfriar o lugar ou usar todo esse calor para aquecer uma piscina. Algumas empresas estudam ainda colocar esses data centers no espaço.

Enquanto não aparece uma solução realmente eficaz, só nos resta dar uma segurada no nosso armazenamento e ver o que realmente queremos guardar na nuvem.