Você já ouviu falar da Síndrome Evaldo?

Descrita pelo Médico Foniatra e Otorrinolaringologista Evaldo José Bizachi Rodrigues, a “Síndrome da Infância” tem como aspectos chaves a Enurese Noturna (xixi na cama), Valgismo (joelhos em X), Disfonia (rouquidão) e Ortodontopatia (problema ortodôntico).

“Quando há flacidez, o resultado de toda a atividade muscular (força) fica comprometida. Como nem sempre o grau de flacidez é igual em todos os grupos musculares do corpo, o comprometimento de cada um manifesta-se de maneira diferente, proporcional à intensidade da flacidez de cada parte do corpo”, afirma Dr. Evaldo.

Dessa forma, mesmo dentro do “ambiente” hipotônico, há grupos musculares que desempenham adequadamente suas funções. É por essa razão que as manifestações clínicas observadas são diversificadas e nem todas estão sempre presentes na Síndrome da Infância (EValDO).

SINTOMAS

Os sinais e sintomas observados desde o nascimento, isolados ou em associação, são: dificuldade de controle da salivação, provocando baba; dificuldade na mastigação de alimentos sólidos; esforço exagerado para produzir a voz; atraso, distorção e atropelamento da fala; deformidade nas arcadas dentárias; desatenção; inquietude; pernas em X; quedas frequentes; corrida desengonçada; jeito estabanado; escape de urina e/ou fezes diurna; enurese noturna, entre outros.

Tão ou mais importante que essas manifestações é o significado de serem encontradas, pois a capacidade da atividade motora, que é realizada desde o nascimento na exploração do ambiente, poderá estar comprometida pela flacidez e frouxidão dos ligamentos.

No início, a atividade motora do recém-nascido é precipitada e com o correr do tempo evolui de tal maneira que os movimentos cada vez mais precisos refletem o aprimoramento da relação espaço/tempo. Essa é a condição que possibilita a atividade abstrata de definição de objetos, noção de perigo, noção de quantidade, distinção dos dias da semana, relação entre ontem e amanhã, que levam a resultados pretendidos, fundamental em qualquer fase da vida. “Como exemplo, podemos considerar uma criança por volta de quatro anos numa brincadeira de bola. Ela poderá chutar antes da bola chegar, ou depois que a bola passou”, afirma.

É por essa razão que nessa síndrome as crianças também podem ser relatadas como sendo “inocentes”, “imaturas ou infantilizadas”, estabanadas, com dificuldade para entenderem palavras que expressam os conceitos abstratos, como a noção de perigo, noção de quantidade, relação entre ontem e amanhã, entre outros. Essa situação pode levar a uma considerável dificuldade para a alfabetização e no rendimento escolar.

É importante salientar que só se considera distúrbio de qualquer tipo de aprendizagem ou desenvolvimento quando o padrão da criança em questão estiver defasado em relação a outras crianças da mesma idade, mesmo nível sociocultural, de oportunidades, de estimulação e vivência.

Como em qualquer situação clínica o tratamento precoce é a melhor conduta.

Saiba mais no site www.foniatria.med.br

Dr. Evaldo José Bizachi Rodrigues

Médico Foniatra e Otorrinolaringologista, com cursos de extensão em Psiquiatria, Psicologia, Psicoterapia Infantil e em Psicanálise de Grupo. Mestre em Audiologia e Diretor do Instituto de Foniatria e Fonoaudiologia de Campinas.

Descreveu a “Síndrome da Infância” que tem como aspectos-chaves a Enurese Noturna, Valgismo, Disfonia e Ortodontopatia, apresentada em dois Congressos Internacionais (São Paulo e Palm Desert – Califórnia – USA) e publicada na Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (maio/junho/97-pág. 280-283)

 

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