Produtos como extensão da vida ao ar livre: um diálogo com o paisagismo
Evento no deserto vira sensação em Nevada desde 1986
Burning Man não é um típico evento de música eletrônica que acontece todo ano e atrai milhares de jovens. O festival se caracteriza como um experimento social colaborativo e de comunidade, como se fosse uma contracultura. Ele ocorre desde 1986 no Black Rock Desert no estado americano de Nevada.
Ele se caracteriza por ser um evento colaborativo pois cada pessoa que participa desse vento é uma obra de arte. Seus adereços, roupas, sapatos e objetos são totalmente fora do comum, mas que expressam um estilo nunca visto antes. A mistura de quase 50 mil pessoas faz do evento ser único. Imagine a mistura de tantas pessoas estilosas em um deserto, é de tirar o fôlego.
A ideia surgiu quando dois amigos decidiram improvisar e colocar fogo em um boneco de madeira em Baker Beach, São Francisco. O número de curiosos com o ato foi aumentando cada ano que os amigos repetiam o feito. A partir daí eles decidiram criar o festival.
Um outro detalhe que merece destaque é que o Burning Man é uma galeria de arte a céu aberto. Essa galeria é chamada Playa e em seu centro é possível encontrar a escultura gigante de madeira denominada Burning Man, em homenagem aos dois criadores.
A única regra do evento é que você se expresse criativamente, não importa o jeito. Por isso pessoas vão com os corpos pintados, roupas diferentes, adereços chamativos e umas vão até com meios de transporte para deixar seu estilo bem em evidência.
A grande filosofia do Burning Man é ser um fenômeno populista propagado pela internet, além disso, muitos o consideram como um festival de experimento social. Ele também se coloca uma alternativa para a cultura de massa e a sociedade consumista.
Os participantes do evento não vão lá só para curtirem uma música e desfilar suas roupas extravagantes. Lá cada um participa efetivamente do festival. Tudo lá é criado pelas pessoas que vão ao Burning Man, desde as artes, performaces até todos os modos de exposição.
A segunda principal obra se chama “O Templo” e, ela é inaugurada por um abraço coletivo. Ao longo do festival, os participantes vão deixando mensagens, fotos, objetos pessoais e lembrança das pessoas que já se foram. Quando o evento termina esse templo é queimado. Acredita-se que a fumaça leva pra longe toda dor e sofrimento por ter perdido uma pessoa querida.
Burning Man deixou de ser realizado na praia, pois houve uma proibição policial quanto a isso. Por isso, a dupla de amigos decidiu realizar a queima do boneco no meio do deserto Black Rock, e desde então o festival ocorre lá. Além de não perturbar ninguém, o deserto fica isolado da cidade, fazendo com que as pessoas se sintam mais livres para se expressar.
Para o evento, a Black Rock é totalmente organizada e mantida por voluntários, além de possuir uma infraestrutura planejada para ocorrer o festival. Há também serviços comunitários como segurança e emergência, o essencial para garantir que o evento ocorra bem e que todos fiquem a vontade.
O evento desse ano já começou e o tema é “Metamorfose”, o que desencadeou a criatividade dos artistas colocando em prática toda as instalações e pavilhões muito diversos. Para saber mais do festival acesse aqui o site deles e fique por dentro desse mundo da magia!!
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