Cirurgia robótica traz alívio e segurança pela rapidez, assertividade e qualidade de vida do paciente

Beatriz, com seis meses, teve um rim extraído e 12 horas depois estava totalmente restabelecida, sorrindo, brincando, engatinhando e sem dor

Daiane Thaiz, Luiz Ricardo Vieira e a bebê Beatriz (Arquivo família)

Já imaginou descobrir durante o ultrasson que o seu bebê tem uma má formação no rim? O casal Daiane Thaiz e Luiz Ricardo Vieira recebeu essa notícia em 2023 aos quatro meses de gestação. Hoje, a preocupação deu lugar ao alívio e à gratidão! Depois da retirada do rim direito por meio de cirurgia robótica, Beatriz é uma bebê saudável e inexiste qualquer problema em relação à remoção do órgão.

“De todas as alternativas para extração do rim, preferimos a cirurgia robótica pela segurança no procedimento e pela rapidez da recuperação. Realmente é uma cirurgia maravilhosa, que praticamente não deixará cicatriz, não sangrou, os pontos saem sozinhos e, menos de 12 horas depois que saiu da sala cirúrgica, Beatriz já estava engatinhando, sorrindo e se virando toda. Não precisei medicar porque ela não sentiu dor e não chorou por desconforto em momento algum. Ver seu bebê feliz e restabelecido em 100% assim em tão pouco tempo parece até milagre e isso não tem preço! Eu faria tudo igual novamente”, conta Daiane emocionada. 

O cirurgião robótico pediátrico Rodrigo Garcia foi quem conduziu o procedimento, no Vera Cruz Hospital, em Campinas. A bebê é a menor paciente operada por robótica em toda a Região Metropolitana de Campinas. Na ocasião, tinha apenas 7,5kg, sendo essa realização um feito inédito.  

O Cirurgião robótico pediátrico Rodrigo Garcia durante procedimento (Divulgação)

Dr. Garcia explica que Beatriz apresentou displasia no rim direito, uma má formação chamada também de rim multicístico displásico, a qual atrofia o órgão, fazendo com que ele não funcione. A família decidiu pela extração para que o órgão não causasse infecções.   

Segundo o cirurgião pediátrico, foram três incisões de 8 mm e uma de 2 cm para retirada do rim. “Somente a cirurgia robótica permite cortes de tamanhos tão ínfimos, o que torna o processo minimamente invasivo, fazendo toda a diferença para a alta precoce do paciente”, enfatiza. 

De acordo com Dr. Garcia, que é especialista também em outras técnicas cirúrgicas pediátricas pouco invasivas, os procedimentos robóticos são inovações que imaginávamos ver somente num futuro distante, mas que já ocorrem no presente. “Com a implantação do 5G em todo o Brasil em breve, será possível operar à distância. Lugares remotos e de acesso difícil não serão mais obstáculos para o restabelecimento da saúde dos pacientes. Nós médicos não vemos a hora disso acontecer”, destaca. 

Sobre o Dr. Rodrigo Garcia 

Cirurgião robótico pediátrico Rodrigo Garcia (Matheus Campos)

Graduado na Faculdade de Medicina de Jundiaí, fez residência médica em Cirurgia Geral na Santa Casa de Misericórdia de Campinas e em seguida especializou-se em Cirurgia Pediátrica pela PUC-Campinas. Atuou como cirurgião em quase todos os hospitais de Campinas. Primeiro médico cirurgião habilitado em Cirurgia minimamente invasiva, com ênfase em cirurgia robótica e cirurgia robótica pediátrica no interior do Estado de São Paulo; tem habilitação também em cirurgia laparoscópica pediátrica. Atua ainda em cirurgias do aparelho digestivo, do aparelho urinário, do tórax, cirurgias ambulatoriais e no serviço de cirurgia de urgência pediátrica.

É integrante do grupo MiniPed, formato por médicos cirurgiões que realizam procedimentos minimamente invasivos. Mestre em Ciências da Saúde pela PUC-Campinas. É preceptor do programa de Residência Médica de Cirurgia Pediátrica do Hospital da PUC Campinas; foi coordenador do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Vera Cruz Hospital por oito anos e é membro da Comissão de Ética Médica do Vera Cruz Hospital. É membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica e também membro da Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica.
 

 

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